Ontem dei por mim a pensar naquelas eternas discussões que não nos levam a lado nenhum. A vida é muito valiosa para que estejamos sempre a desperdiçar tempo com conversas de merda, não vos parece?
Falo-vos daqueles diálogos que todos nós já tivemos pelo menos 20 vezes na vida e que, simplesmente, nunca nos proporcionaram conclusões decentes.
Vamos tentar fazer um esforço para não perpetuar a maionese na nossa breve história de vida?
Ora comprovem:
1- “Quem está mais cansado?”
Esta deve estar no top 3 das conversas menos frutíferas entre casais. Tudo começa com um pedido para aspirar a cozinha.
Premissa 1: Ora bem, ela trabalha o dia todo de pé e ele sentado. Score: 1-0
Premissa 2: Ele passa as 8 horas de expediente com os olhos em bico por causa do Excel, enquanto ela apanha couves. Score: 1-1
Premissa 3: Ele pesa 120 kgs mas ela continua a fazer-lhe francesinhas para o jantar. Score: 1-10
Premissa 4: Ela gasta-lhe o guito todo na Bimba y Lola. Score: 10-10
Conclusão: Alguém que aspire a cozinha por favor.
2- “Quem é mais pobre?”
Pobre que é pobre adora provar que é, efetivamente, o mais miserável do universo.
Premissa 1: O Pobre A ganha 550€ e o Pobre B tem um mísero ordenado de 450€ Score: 0-0
Premissa 2: O Pobre A vive com a mãe, enquanto que o Pobre B respira às custas da namorada: Score: 0-0
Premissa 3: Ambos só se safam na Primark. Score: 0-0
Conclusão: Pobre é pobre. Não vale a pena tentar perceber onde está o maior grau de miséria, ok? Percebido?
3- “Quem é mais inteligente?”
Discussão recorrente entre amigos. Muitas vezes pelas costas.
Premissa 1: O Inteligente A é licenciado e não tem emprego, o Inteligente B não é licenciado mas paga as suas contas com recurso a um trabalho de merda. Score: 0-1
Premissa 2: O Inteligente A é bom a matemática aplicada enquanto que o Inteligente B é todo virado para as línguas. Score: 1-1
Premissa 3: Nenhum deles sabe o que é Anticonstitucionalissimamente. Score: 1-1
Conclusão: Venham os espertos que sabem onde os copos são mais baratos.
E rápido. Amanhã já é sexta-feira.
Love,
D.