Diva vai ao Boom Festival

Começando pelo início porque a história é longa, fazer a mala para o festival do meu coração é algo que parece muito simples. Mas não é. O campismo, o calor que nos espera, as formigas que habitam o local e que padecem de gigantismo, a dor de costas habitual que exige cuidados extra e claro, as ressacas contínuas que estão na previsão de uma vida na Boomland, obrigam-nos a fazer um cálculo acertado sobre os indispensáveis a levar.

Como tudo o que exige um nível de organização acima da média interfere com a minha paz interior,  a minha querida amiga Diva Loira, como é habitual, ficou encarregue de todos os pormenores ligados à gestão da nossa estadia. Esta fofa, em quem delegámos o papel de decoradora oficial do camping, andou dias e dias em pulgas com todos os detalhes de estética e bem estar. Até fez questão de criar um grupo no whatsup onde partilhou as suas referências de decoração, com padrões visuais entre o Nature e o Zen.

Conclusão: Fomos carregados como umas verdadeiras mulas, com tapetes para a entrada, leds que se fundiram na primeira noite em que os deixámos ligados, uma mesa fantástica com banquinhos onde comemos uma única vez, um campingaz caríssimo que aterrou em Idanha-a-Nova sem o bico, portanto sem utilização possível, e até uns copos de vinho incríveis verdes a fazer pandã com a mesa que nunca viram vinho, visto que no recinto já bebíamos o suficiente. Ah.. e mais curioso ainda, ninguém se lembrou que depois das 21h30 surge uma imensa escuridão no camping e que se calhar era simpático termos uma luz na tenda, ao contrário de uma lanterna mixuruca que tivemos que revezar entre os 3 como se de água no deserto se tratasse. Claro que a nossa Gracinha Viterbo psicadélica alegou que o tema da iluminação não era da sua responsabilidade e deu-nos um grande “alô” visto não termos tratado de nada. Coberta de razão esta Diva.

Ainda mais brilhante do que as três viagens ao carro com 50º à sombra, que foram necessárias para acartar objetos de decoração e afins para a tenda, foi a de nos termos posto a caminho de madrugada.

“Vamos de madrugada, para não apanharmos o calor da tarde e assim, quando chegarmos, aproveitamos o dia! “- Disse alguém coberto de genialidade e claramente não se lembrando que existem coisas super modernas tais como: Ar Condicionado.

“Claro que sim” – Respondemos todos já sob o efeito da droga mais perigosa do mundo: A adrenalina.

Não há nada mais esperto do que ir com uma direta de avanço para tolerar uma estadia digna de um survivor. Também é fantástico montar uma tenda às 9h30 e, no momento em que o sol se alimenta de queimar o próximo, ser forçada a “brincar ao Twister” durante 4 longas horas. A cabra da Quechua afinal exigia um mestrado em National Geographic quando eu, muitas vezes, nem fogo com fósforos consigo fazer. Aleijam-me as pontas dos dedos, o raio dos palitos.

Não fosse a Diva Loira, perante situações de stress, transformar-se numa pessoa iluminada e desenrascada, ainda hoje estava em Idanha a enfiar a 2ª estaca na vista. Felizmente conseguimos montar a coisa e, infelizmente, o monstro em jeito de casa, por obra do destino, já tinha prometido ficar ao sol durante toda a estadia e no terreno mais inclinado que algum topógrafo pode alcançar. Mas não há nada que não façamos por amor. Ali, até adormecer deitado e acordar sentado se revela prático.

Tenda montada, coisas arrumadas, siga. É incrível como se sente uma energia intocável quando se passeia pelo recinto. As cores das tendas, das instalações, a música, as pessoas, a “La Goa” (uma Lagoa que nos transporta para Goa) os pés sujos e descalços, os casais apaixonados que se passeiam semi nus a apreciar a paisagem… é uma atmosfera verdadeiramente de paz.

Foram dias de glória sobre os quais tomei as seguintes conclusões:

Passadeira Vermelha do Boom

No Boom encontramos todo o tipo de pessoas. Freaks, Chantis, Psicadélicos, Marados e até Betos, (infelizmente os cabrões descobrem tudo e andavam por lá como se estivessem no Prego da Peixaria…) fazem parte da panóplia de malta que por lá se encontra. Pessoas normais são difíceis de detetar visto que muitas delas fazem questão de se “mascarar” para melhor se integrarem no espírito do festival. Vi de tudo. Até indivíduos que conheço de Lisboa, absolutamente banais ou aparentemente urbanos, lá carregavam perucas entrançadas, rastas coladas ao couro cabeludo, calças de licra com padrões psicadélicos, para passarem uma imagem de nómada do trance mas com algodão 100% e com botas a estrear. Desta vez senti que efetivamente existem muitas pessoas que dão tudo num look freak-festivaleiro. Meninas com rendas na cabeça a combinar com os vestidos, fitas com flores de todas as cores, lenços indianos, óculos de sol incríveis aos quais eu não resisto, biquinis de luxo e cremes que douram a pele mas que nunca na vida nos deixam parecidas com a Charlize Theron. Vi muitos modelitos interessantes e cabelos para lá de sedosos. Ao contrário do meu que durante 5 dias nem shampô viu. E do meu estilo absolutamente inovador que passou de um chanti negligé a um querolásabé. Mas a sorte é que o bronze faz milagres, a alegria dá um brilho aos olhos e a liberdade torna-nos mais sexy. Claramente que as Constanças e as Carminhos andavam por lá a desfilar peças exclusivas que lhes assentavam muitíssimo bem. Só faltava darem um beijinho quando se encontravam no Dance Temple, ao lado dos mamados que dançavam há mais de 24 horas sem pés e com fungos nos olhos. O Boom é dos poucos sítios que conheço, além do 49, onde a betalhada se sente ligeiramente constrangida, o que é ótimo.

Naturalmente que nem tudo é fake. Também conheci muitas pessoas que habitam na sua verdadeira pele e que, tal como eu, estavam a ser fiéis à sua personalidade sem precisar de gastar 100 euros na Mascarilha antes de ir para a Boomland.

Staff

Tenho quase a certeza que o Staff do Boom, antes de arregaçar as mangas para iniciar o trabalho, tem um workshop intitulado: “Como servir pessoal em LSD durante uma semana?” Uma das aprendizagens que adquirem, pareceu-me, é assumir precisamente o mesmo estado psicadélico dos restantes boomers. Passo a explicar: Num belo dia, quando comprávamos o nosso pequeno almoço, fomos incentivados por uma senhora sorridente e de olhos esbugalhados, que trabalhava num dos espaços da zona da restauração, a comer um naco de melancia com 2kgs com a ajuda de uma colher. De madeira. Tivemos que lhe dizer, de forma simpática e cuidadosa para que não tivesse uma bad trip in loco, que estávamos perante um desafio incontornável e que agradecíamos que cortasse a puta da melancia asap. É certo que ela provavelmente bebe leite de soja com um garfo e come quinoa com uma palhinha mas cada um sabe de si e o Xamã saberá de todos. Namasté.

Numa outra ocasião, uma amiga ao pedir ajuda na zona de informações para carregar o telemóvel, visto ser mãe e estar incontactável por quase não existirem tomadas disponíveis no recinto, foi aconselhada a “fazer amigos” no mercado que tivessem compaixão suficiente para a ajudar. “Faz amigos no Mercado, vais ver que te vão emprestar uma tomada!” – Disse a senhora espiritual do balcão de informações. Que amável.

Esta querida amiga (realmente não teve muita sorte) também assistiu ao desmaio de um estrangeiro que, com o Sol, perdeu os sentidos ao seu lado. Na esperança de existirem pessoas no festival dedicadas a resolver estes assuntos, aparentemente graves, foi ao encontro de um segurança que a ajudasse, ou seja, que levasse o raio do bife em desidratação para um posto médico. Eis que lhe respondeu:  “Vais ter que arranjar uns amigos para tirá-lo daqui pois neste momento não temos possibilidade de o ajudar, está tudo a quinar no Dance Temple.”  Lá está, o Boom Festival mais uma vez a propagar a amizade como solução para todos os males. Tanto misticismo chega a arrepiar-me.

Triângulo das Bermudas Psicadélico

No recinto são quase 40 mil seres de todas as nacionalidades e feitios a caminharem de um lado para o outro, uma multidão que também inclui pessoas que queres encontrar e com quem combinas mais de 20 vezes sem sucesso. É impossível marcar horas, agendar compromissos naquela região de estado de espírito. Eu mantive-me na linha onde lidera a máxima “eu não faço planos, nem cumpro promessas” e estive quase sempre sem bateria no telemóvel. Go with the Flow. Para dançar, ver o pôr do sol, rir, curtir com os amigos não precisamos de horas marcadas. Os amigos que encontrava por acaso, excelente, quem não encontrava, azarucho.

Por outro lado, todas as pessoas que, ao contrário destas, fazemos alguma questão de não encontrar tais como, colegas de trabalho, familiares afastados, ex namorados, ex situações amorosas da vida que simplesmente não nos apetece ver, pimbas… esbarramos com elas ao virar da esquina. E sempre nos momentos em que estamos prestes a ligar para a linha de apoio à dignidade pessoal, como sejam: rebolar na palha às gargalhadas, com galhos no cabelo, em topless, e tudo isto com aquela cara de quem não dorme há 24h. Obrigada Vida.

Mas existe o outro lado transcendental deste triângulo. Nós tivemos o prazer de conhecer o nosso 4º elemento no festival. O Diogo. O Diogo Incrível. Homem de estatura mediana, assim para o loiro, já era remotamente conhecido de Lisboa. Como é que percebemos que se tratava do nosso 4º elemento? Porque, sem combinarmos nada, o Diogo Incrível encontrava-nos dia a após dia das formas mais inusitadas. Sempre que resolvíamos repousar numa sombra com os corpos estendidos no nosso maravilhoso lenço étnico de tons terra, algures a relaxar e a beber cidra, surgia Diogo Incrível sozinho, procurando carinho e atenção. No fundo, em busca de uma família. Foi um elemento que acolhemos e que foi fundamental para a nossa diversão constante. Além do mais era uma peça trendy a acrescentar ao nosso trio pois possui um físico camaleónico que lhe permite um styling incrível. Com o seu lenço molhado a recriar uma espécie de Tuareg e calções de banho com um ligeiro rasgão, Diogo encarnou personagens entre o turista, o nativo e o mogli que fizeram as nossas delícias. Obrigada 4º elemento, não serás esquecido.<3

 

Homens – Avatares de Luxo

Parece estranho ter uma categoria com este nome mas não é, acreditem. Meninas que dizem que o homem português é muito jeitoso, por favor, mais noção. O homem tuga, no seio de todos os outros (Suecos, Alemães , Israelitas) é um mero anão de barbas. Percebi que Deus ouviu as minhas preces e me ofereceu 5 dias repletos de machos nas alturas, com mais de 1.90, troncos perfeitos e bronzeados, olhos rasgados, cabelos semi compridos, sorridentes e armados ó espiritual (mesmo que não sejam completamente genuínos, nós acreditamos que são iluminados e portanto apreciamos). Sonhos de carne e osso dos quais só acordamos quando, de repente, botamos a vista nas calças de Aladino que quase todos vestem. Verdade. Nada é perfeito nesta vida. Mas antes um Brad Pitt com calças-balão do que um Génio da Lâmpada com uma mochila Montecampo. Ali, até o israelita que trabalhava como cozinheiro na banca dos falafels, e que virava as fajitas ao lume, podia ser cara da campanha Viktor&Rolf. Eu quase me apaixonei por um destes avatares, de olhar escuro, cabelo desgrenhado e uma estrutura óssea que só podia vir de Marte. Acontece que o desgraçado andava por lá sempre todo nú e eu, a muito custo, cheguei à conclusão que ainda não estava preparada psicologicamente para virar a sua Eva. Ai que difícil é desprendermo-nos dos preconceitos da cidade. Sim, porque eu ao seu lado parecia nascida e criada em Manhattan. Precisamente, mesmo com o cabelo sujo.

Healing Area

Além da música, da paisagem e claro do convívio livre entre amigos, o Boom também oferece uma série de experiências místicas. Uma delas consiste em estar dentro de uma piscina com alguém que nos pega ao colo e que, durante 40 minutos, nos faz dar voltas ao corpo enquanto estamos submersos na água. Objetivo? Fazer com que passemos pelas mesmas sensações experienciadas no útero da nossa mãe. Pareceu-me interessante mas ao mesmo tempo demasiado aventureiro. Da forma como passamos lá o dia, era gaja para me afogar ou então ficar no útero para sempre.

Este lado mais chanti do festival desperta-me curiosidade e a maior parte dos meus dias foi passada na Healing Area onde o som é feito de batuques e “La Goa” é mais limpa e bonita. Passámos horas a observar pessoas que raramente encontramos por aí. Casais nus a meditar à beira da água, pessoal a fazer yoga em grupo, meninas em ácido a fazerem tranças umas às outras. Parecia o Braveheart em LSD.

Em todas as tendas onde aconteciam atividades como meditações guiadas, aulas de expressão corporal, e mais coisas que não consigo descrever porque estou mais distante da minha espiritualidade que de Tóquio, vinha uma voz feminina que entoava sempre as mesmas frases: “Feel the Mother Earth and the Energy” “We are One” ou “We are Love” eram algumas delas. Confesso que, às tantas, senti uma espécie de Siri do Boom que toda a gente respeitava. A Siri pedia para se meterem de gatas a meditar, um segundo depois estava tudo de gatas. Bandos de pessoas de gatas ou em posição de tartaruga começaram a assombrar as minhas visões. Esta Siri era um pouco perigosa, pensei. Senti ali um ligeiro tom de seita mas não me deixei levar. Foi aqui que, alguém no grupo sentiu o mesmo que eu e disse: “Bora para o Lux?”  De facto era o que pensava. Claro que não há nada melhor que a natureza e a liberdade de expressão mas qualquer coisa no ar me indicava que há uma espécie de comportamento piscadélico-espiritual (se é que isto existe) que as pessoas banais ali adotam para se expandirem durante estes dias. Não há nada de errado em fazê-lo mas parece-me que meditar com 40 graus dentro de uma tenda enquanto se ouve trance do demónio lá ao fundo, talvez não seja o estado mais embrionário de iluminação. Fica a reflexão.

Dance Temple 

Há várias tendas de música mas nenhuma como esta. Para quem aprecia trance (no meu caso durante uma hora no máximo) é o oásis da dança. Mesmo quando não estás no mood de abanar o capacete, é impossível entrar naquele ambiente e ficar parado. Pessoal louco aos pulos de borrifador nas mãos, vai metendo conversa e alargando os grupos. By the way, o borrifador é um instrumento indispensável ao conforto naquele microclima de inferno. Até o Diabo precisa de se borrifar em Indanha-a-Nova. Durante o dia o ambiente é apetecível, à noite parece um pedaço do Mad Max onde o exército do mal se morde para ganhar mais pica para não ir à cama. Nus lavados em lama misturam-se com freaks que já carregam os odores próprios de quem nunca ouviu falar em Nívea. Nada contra mas é a mais pura das verdades. Ainda assim, este espaço consegue engolir-nos de uma forma que só temos sentidos para as luzes, sons, e claro, para borrifar de vez em quando um giraço que aparece.

O Regresso

Foi péssimo. Quando entrei no elevador do edifício onde trabalho não sabia sequer o andar onde carregar. Acho que se o Boom no futuro durar 15 dias, na volta vou ter de passar na loja do cidadão para perguntar o meu apelido. O poder de abstração é tanto que te esqueces deste Universo.

Isso é de valor. E tão raro.

We are Love,

D.

PS: Obrigada meu querido André por todo o amor,  gelo e carregamentos disponibilizados 🙂

86 Comments Add yours

  1. Conceição Simões says:

    Fantástica e hilariante descricão. 😭😭😭😭😭

  2. Bruno Rebelo says:

    Diva, para o ano Diva vai ao Neopop ?

    1. Por acaso creio que sim 🙂

  3. Pedro says:

    Ridiculo… É mãe e precisa de bateria? tem bom remedio, ou não vai ou se quer bateria que leve power bang. As betas gastam cem euros para o seu outfit? E vocês levam copos a combinar com a mesa… Menos.

    E por essas e por outras que o festival vai acabar por se perder mas dou.te um conselho se queres um palco onde não existe “Trance do demonio” ” so aguento uma hora ” pessoal louco aos saltos” tens bom remedio o sw é uma semana antes minha amiga.

    Queres outro conselho? Diverte.te e nao te importes com os outros que e um dos valores que esse festival tenta transparecer.

    So não compreendo se não te identificas com nada,o que que foste la fazer, é moda nao é? Fica bem dizeres que foste e poderes escrever um texto sobre mesmo. Esta feito conseguis-te ate 2018 🙂

    1. Pedro, obrigada pelo comentário. Foram certamente 2 minutos que perdeste a escrevê-lo, o que é para lá de simpático. Uma dica: “Conseguis-te” não existe. Junta as letrinhas e farás um sucesso. <3

      1. Palacim says:

        Btw, Power Bang tb não existe a não ser que seja um Big Bang ainda maior

      2. Luisa says:

        Que resposta idiota

      3. Daniel Dias says:

        ahaha ia escrever o mesmo

      4. Isabel Maria Serras dos Santos Quelhas Ribeiro says:

        Tenho imensa curiosidade sobre este Festival mas não me estpu a ver num rebanho de 40.000!!!
        Obrigada pela descrição que adorei ler!!!!
        Fartei-me de rir!!!!!

    2. Igor says:

      Pedro…. se esta não gostou, não sei quem vai gostar,

    3. Marta Magalhaes says:

      Super apoiado!!!! Criticar os ” betos” que la andam disfarcados….e os lx conhecidos??? Desculpa mas cheira me a hipocrisia!!!! Tal e qual…a cuspir no prato em que foi comer!!! Aue tamanha falta de ” swag”!!! Como fornecefora de fruta do Boom..habitante de idanha e beta disfarcada de psicaselica…aguento mais de uma hora de musica do demo, sou mae de tres…logo vou apenas o tempo necessario para me divertir e ver todos os barbudos giros portugueses e afins ..mas sobretudo para socializar , conhecer , ver outras pessoas e alargar o meu conhecimento, atraves dos outros…e das suas diferentes culturas..porque a pluriculturidade faz de nos pessoas melhores assim como a educacao e o bom senso! Sendo este um evento unico e que tanto dinamiza uma zona abandonada e desprovida de valencias, logo bem haja a Goodmood por escolherem o inferno que e Idanha a Nova…e dispensamos por ca Divas histericas e desprovidas de capacidade de absorcao…ah! E nem todos andam a toque de lsd ou afins…acho que a sra deveria comecar a por mais tabaco no que fuma!!! Tapetes??copos vidro a fazer”pendant””(porque e assim q se escreve)??e outros e que la andavam drogados!!!!!

      1. Em franciu fofa.

        pan·dã
        (francês pendant, objecto que faz par com outro)
        substantivo masculino
        1. [Informal] Combinação de cores, padrões, formas, etc.

        fazer pandã
        • [Informal] Conjugar ou harmonizar cores, padrões, formas, etc. = COMBINAR, CONDIZER

        “pandã”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/pand%C3%A3 [consultado em 25-08-2016].

        Fui.

    4. Splif says:

      FANTÁSTICO Pedro 😉 Esta “gajinha” será que esteve por lá o.O ??? na volta andava em ácido e até à data não recuperou a BadTrip 😉

  4. joao says:

    vamos por partes pode ser? caga nos erros.. o que te faz nao ” acertar” no botao se nao foste fritar a pipoca?

  5. joao says:

    mas da que pensar em 2 anos consegues ir a um dos melhores festivais do mundo e nao tirares proveito nenhum a nao ser merda, acho que era uma boa oportunidade para reveres a tua ida la!! imagino que nao te faz falta nem fazes la falta a ng.. baby boom com a criatura da diva..

    1. João, a meditação ajuda bastante a controlar os ataques de raiva. De nada. <3

  6. Jubalada says:

    Acredito que boom esta ai para quem quiser curtir; endepedente que sao as pessoas! ! Cada um cada um , curte como querem como tu que nao lavou o cabelo que centava no chão, então nada de mau nisso , como eles que estavam penteados cheirosos kkkkl agora por favor hellos vamos deixar de reparar nas pessoas e curtir mais!! Ok kkkkkk beijinho no ombro querida. Kkkkk

    Jubalada

    1. Jubalada deixaste-me sem palavras.
      “Endependentemente” do que te queira dizer, tens toda a razão. <3

      1. Claudia says:

        “centava no chão” OMG

  7. Anushka says:

    Eu acho que o texto está engraçado! E acho que a ideia era essa , apenas…

  8. Olá Diva,
    gostei muito do teu texto, escreves muitíssimo bem, apesar de não concordar com o que dizes, não pude deixar de rir do principio ao fim!
    Frequento o Boom desde 1997, portanto desde o inicio, e acredito que apesar do texto que escreveste, sentiste e viste muito mais, para além do que escreveste. (acredito que sim) 😉

    1. Querido Marco, foi a segunda vez que estive no Boom e, como sempre, amei. São todos estes detalhes que fazem das experiências algo sui generis. A ironia é a minha maior xamã. 🙂

  9. joao says:

    tenho mais raiva a quem te vendeu o bilhete!! ahahah nao pratico.. o telemovel. entao nao é um bocado normal teres q conhecer alguem em quem confias o teu bem mais precioso o telemovel lol por causa do filho? leva o filho!! tas a espera de ter uma ficha guardada a dizer DIVA!? e as pessoas que la trabalham tiram o telemovel para por o teu? diva pensar mais um bocado e em 2018 ir de caravana com a criatura da diva com carregador com shampoo organico o tapete e ate as plantas pode levar e regar por la e tem luz ate dizer chega..

    1. João, tens que regressar à terra. Não percebi nada. Aconselho-te a leres o que escreves, pode ajudar. Mas obrigada pela dica, adoraria levar o meu filho. Se o tivesse. <3

  10. Bruno Lisboa says:

    Por acaso também já fui ao Boom e pouco interessa aquilo que nos encaminha a tal manifestação, mas não posso deixar de achar divinal a descrição feita no texto acima. Lindo! Por favor, nunca deixe de ir ao Boom, quanto mais não seja para termos mais motivos para uma boa gargalhada. Quem sabe até poderemos dividir uma melancia na edição de 2018! Namaste Divas em apuros!
    Ps- O meu outfit já há muito que não inclui as calças de aladino, ehehehe!

  11. Cátia I says:

    Adorei a tua crónica Diva! Ri me muito ! Continua a espalhar a ironia e o sarcasmo pelo Mundo com a tua escrita maravilhosa!

  12. Rafaela covas says:

    Adoro o boom e adorei a crónica!
    We are one é tolerância e coração aberto!
    E penso que é evidente que o sarcasmo e a ironia tornam toda a descrição propositadamente parcial e exagerada. But it’s for The sake Of a good laugh!
    Parabéns!
    Claro que o festival é muito mais que isto, mas há que ter mente e coração abertos para perceber o ponto de vista muito engraçado!
    Keep it rolling!

  13. rj bonifacio says:

    inveja…………………! (de nao ter ido)
    bhaaaaaaaaaa!!!

  14. Mónica Lourenço says:

    AHAHAHAHAHAHAHAHAH Taoooooo booom!!!! fizeste-me rir mais do que com uns cogumelos que por lá comi 😉 Genial o texto

  15. jejejejeeee …báyaaaa…hó divaaa…uma coisa t digo…nunca sustenhas um peido…de certo ja u deves ter feito…ele sobe-t pela coluna …aloja-se no teu cerebro e é dai k vem comentarios destes d merda…k ganda romyra matarrola d fken shit… hopah li k cada bacorada e a percepção nojenta k tens das coisas vai la vai…deves ser diva do ke do olho do cú não…pede p cagar e sai…

    1. Speak portuguese? Many thanks <3

  16. Joana says:

    Foste lá p curtir da música/ambiente ou pq é moda os blogueiros irem a festivais e fazerem uma crónica de seguida a explicar a experiência vivida por lá ? Viste muita gente que não é genuíno do “trance do demónio”? Ahahahahah 😁😁
    Fazes-me rir! Ao menos isso! Volta lá para o teu pop e p o ano tens o SW onde podes exibir todas essas ‘divices’ e merdices que um “genuíno” nunca levaria p um festival de trance !
    Like us: keep it simple!! Namasté ! 3õ

  17. Inês says:

    Fonix que gente tão pouco namasté. Chama-se ressaca. Pobrezinhos…

  18. Ana says:

    E este é o pessoal supostamente paz e amor que vai ao Boom? Quanta carapuça ressabiada, quanta ironia que para aqui vai. Berram o lema “live and let live” mas são os primeiros a atacar. E terminam dizendo namaste… Será que sabem o que significa?
    Crónica hilariante e muito bem escrita. Parabéns. Até fiquei com vontade de lá ir, achava que era só transe e droga mas com o seu relato consegui perceber que é muito mais do que isso. Mas agora vi os comentários do pessoal que lá vai e, pela amostra, perdi a vontade.
    Antes Constanças e Carmos do que pseudo-rebeldes.

  19. Carlos Dinis says:

    boa noite! Não sou de comentários nem posts pelas plataformas habituais de comunicação de 2016, mas não fico bem se não expandir um sorriso ao ler a melhor descrição da mistica Boom. “Divanal”. Acrescento uma expressão, como se diz lá para os lados de Idanha-a-Nova. C´um catano. do outro lado da barragem também havia boa musica, companhia e uma familia encantada.

  20. Luís says:

    Amei a crónica e amei o Boom, mas só fui um dia!

    1. Jeana says:

      Thanks! I co;dln&#8217ut agree more. Although many places will work with you, the questions & wondering if the food is really safe takes the fun out of eating out. SO much easier for everyone including wait staff if eateries will just provide a gf menu.

  21. Lara says:

    Diva: how not to luv you?!…
    E não é que a merda dos (pseudo) Betos já descobriram aquilo?!?! Por favor, voltem para o Algarve.
    Só tive pena de não ver tanto Boomer este ano. Acho que se assustaram com a Technaria no Alchemy…
    Estranho alinhamento aquele, livra!

  22. Pepe Gaston says:

    Qué Bueeeeno ! Me gustó mucho, bonita ironia para contar una bonita historia. Queremos mas ! Muchas gracias !

  23. Ricardo says:

    Lamentavel comentario de quem nao tem qualquer outro argumento para responder a uma critica que toca na ferida. Mas es alguma especie de voyeur que vai a eventos do demonio apenas para ter material para escrever uma satira humoristica no blog ?

    Responder a uma critica com uma correcao gramatical, como se isso fosse alguma vez um sinonimo de superiorizacao, e das mais velhas e mais ridiculas formas de evasao a uma discussao perdida desde o inicio.

    Eu ate me estava a rir com a descricao, pese embora o registo claro de alguem que foi ao Boom nao para fazer parte do todo mas para se concentrar em superficialidades. Mas com uma resposta dessas qualquer vestigio de credibilidade que ainda pudesses ter desvaneceu.

    Podias ter apreendido alguma coisa com o espirito do festival mas afinal acho que foste so mesmo mais uma curiosa de passagem que pouco ou nada acrescentou.

    Ja agora :

    Nao vou ao Boom desde 2006

    Estou sem acentos !

    1. Give me a break ó Pedro Chagas Fretes. <3

  24. Jeremy Monteiro says:

    Ahahahah, adoro quando alguém no mínimo racional se mete com os ressacados do trance <3

  25. Isabel says:

    Gostei, bom registo muito interessante! è sempre bom para quem está de fora estes posts.

  26. Nídia says:

    Diva, conseguiste descrever o que se vive no festival. Hilariante!!!
    Já os comentários revelam demasiado tribalismo vindo da parte de gente tão Zen… 😂
    Não são as calças de Aladino, os óculos coloridos ou as flores no cabelo que vos identificam mas sim este pobre tipo de comentários a destilarem azedume e recalcamentos…

  27. Jane says:

    kkkkkk Não fui ao Boom esse ano mas ri muito com sua discrição . Ironias misturada com verdades e umas gotas de sarcasmo .. Você escreve muito bem , parabéns ! Apesar que acho que você adorou lá no fundo no fundo rs .
    Tudo de lindo na sua vida ! Namastê

  28. Miguel says:

    Diva, nunca lá estive (nesse) e não me parece que vá, contudo, adorei a tua escrita. Posso ser teu amigo? 🙂

    1. Podes mas primeiro tens que mandar nude. <3

      1. Miguel says:

        Isso podes ver em algumas revistas :p Agora a sério, aqui fica o link do meu fb, seria um prazer (também escrevo) 🙂 :
        https://www.facebook.com/profile.php?id=100004906062631

  29. Mary Full of Grace says:

    Sempre pensei que os “boomers” se mantinham entorpecidos, adormecidos ou outra coisa terminada em “idos” na semana seguinte ao festival… Wrong!!! Colaram-se na “rede”, a googlar “boom festival 2016” e a comentar tudo o que lhes apareceu! Apareceste tu! Atura-os ou devolve-os ao útero! Amei o texto <3 Tão eu! Espero ler em 2017, uma experiência Neopopper!

  30. andreia says:

    Eh pa adoro! Os comentarios menos felizes deviam ir ao boom meditar.
    Depois de ler isto fiquei com vontade de ir lá para o ano, quiçá montar uma tenda com nivea para a malta se ir habituando =P
    Haters gonna hate!

    Muito bom diva!! <3

  31. Luis says:

    Viva os betos, viva aos freaks, viva aos nus, viva aos yogiii, viva aos psicadelicos, viva ao Boom. Deixa te de histórias e curte!!
    Ass: Beto

  32. Frederico says:

    Haveria muito mais ou muito menos a escrever acerca do Boom. Depende.
    Se calhar ficou propositadamente esquecido ou então, foi a ironia que se esgotou.

    1. Frederico, esta foi profunda. Senti toda uma erudição. Gostei. Manda nude. <3

  33. We are love says:

    Pena os fatos arquitectados conforme a conveniência e os julgamentos despropositados para se obter uma história que estimule o interesse alheio.
    Confesso que até cativou-me a atenção de inicio mas com o seguimento e a incongruência do relato, fiquei um pouco incomodada.
    Infelizmente sempre vai haver infiltrados, alheios ao verdadeiro espírito. Ser genuíno não é fácil!
    Sim, se me é permitido, na minha modesta opinião, sendo nós um reflexo do que vemos nos outros, ir ao Boom com a cabeça tão cheia de estereótipos é mesmo caso para Divas em Apuros!
    We are love! Espero que um dia entendas o que isso quer dizer! 😉
    Liberta-te e Enjoy life as it is.
    Continua a escrever textos assim pois é disto que o povo gosta!
    Ler e rir sem ter de pensar muito no que estão na realidade a consumir.
    Acrescento que não defendo que o Boom seja perfeito pois nada o é mas que é divino… isso é!

  34. tulku says:

    Não conhecia o teu blog, grande falha minha! Fizeste-me rir como há muito não ria, vou já espreitar o resto e passo a seguir com mais atenção. Só não me estendo mais porque não quero que os insatisfeitos me tomem por beto e me saltem em cima.

  35. Isabel MaçanaBruxo says:

    Tipo ” Sei lá”… Quelque chose comme ça… Mas, aposto, que os bons feelings vão permanecer. Vá ao Be In, mais calmo, na fantástica Boomland, claro! Próximo Junho. Gostei do sarcasmo e do humor… apesar da minha enorme admiração pela organização do Boom! Bj

  36. Hugo Marques says:

    Olá Diva,

    Eu gostei imenso do teu texto e acho que fizeste uma bela descrição do ambiente Boom segundo a óptica duma pessoa digamos “mundana”.Acho que era esse o objectivo contar a experiência vivida por uma pessoa que não é freak nem vive nas montanhas ou numa caravana o ano inteiro. Parabéns gostei muito.

    PS: aqueles que criticaram o “aproach” do sujeito, existe algo que se da pelo nome de tolerância e que diz que cada um deve ser fiel à sua identidade e tem o direito de ser como é portanto para os pseudo puros pastilhados acidulados ketaminados esses tais futuros Sidhartas! tlvz um dia no julio de matos “qui sais” …..

    menos please !!!!!!!!

  37. Love in words! says:

    A primeira vez que fui ao Boom senti-me turista.. Nao fiz nudismo, não fui a workshops, não tomei lsd.. Fui incapaz de me libertar dos meus condicionamentos mentais que me impossibilitavam de ser eu mesma! Coisa que na cidade é “normal”, na boomland, rodeada de free spirits, fez-me sentir ainda mais presa e bloqueada! Agora.. O Boom é das experiencias mais importantes da minha vida, sempre diferente e sempre carregado de aprendizagens! Foi importante para o meu self awareness, self acceptance e self love.. Percebi que o LSD é mais que uma droga, é medicina para a alma, se soubermos usá-lo.. e o boom é o playground perfeito para “viajar” em segurança! O boom é tb onde carrego energia e boas vibes para continuar a lutar pelos meus sonhos e aquilo que acredito, no país do fado e da saudade!
    De certeza que todos os que vão ao boom (independentemente dos estereotipos onde se enquadram) saem de lá diferentes.. Podem amar ou odiar, mas é uma experiencia que não os vai deixar indiferentes!
    Agradeço o teu texto, fez-me reflectir e rir, é a tua perspectiva e respeito, agradeço que respeitem a minha! ; )

  38. Rui Manso says:

    Uma escrita com acutilante sentido analítico e, ao mesmo tempo, irónico e divertido. No entanto, como “party animal” que sou, só não pude deixar de apreender a imensidão de comparações que a Diva fez durante o evento. Deixo para reflexão que devamos viver mais e desligar esse criticismo tão exasperado (particularmente em festivais!). A essência é instigar o ego e minimizar os efeitos (tantas vezes separatistas e divisionistas) do superego, evitando a constante comparação e análise das situações. Tantas comparações induzem a sociedade à fragmentação. Afinal “we are one”, ou talvez não…? =D
    Tudo de bom!!

  39. Eric Gonçalves says:

    Oh Diva fartei-me de rir com o teu texto. Trabalho como terapeuta de massagem na Healing Area há 4 edições , e estava à espera da parte em que escreverias sobre as terapias individuais, mas pelos vistos não tiveste essa experiência . Para a próxima edição passa por lá e experimenta, acredito que pode realmente tornar a tua Boom experience ainda mais interessante 🙂 que dizes ?

  40. Luis says:

    Malta alguém pode levar a Diva ao Cosmic care pff?!

  41. Mariana says:

    Hey Diva, adorei o texto não fui ao boom mas tenho algumas reflexões semelhantes as tuas noutras festas, isto é, compreendo a tua ironia e sarcasmo que sua neste texto. Infelizmente nem todos têm a capacidade de compreender isso mesmo.. o boom deve ser realmente uma experiencia excecional e pareceu-me que curtiste a brava, mas também me pareces ser bastante observadora o que te leva certamente a ter esta necessidade de reflexão isto tudo aliado a uma personalidade certamente distinta, torna os teus textos hilariantes por favor contínua, conheci o blog hoje e já sou fã! Saudações chamãs, namastés e mega espirituais até breve

  42. isabel says:

    O texto está giríssimo, mas ficou todo estragado com as respostas aos comentários, que pena

    1. Isabel, assim como as pessoas têm o direito de ver os seus comentários aprovados (sim, porque eu aprovo todos os comentários) de teor semi ofensivo-revoltado e, em grande parte das vezes, demonstrativos de uma leitura incompleta do meu texto (bem sei que ele é grande e portanto faz parte) eu também tenho o direito de responder. Nem sempre me apetece fazê-lo, como agora, que acabou de receber a minha resposta mais séria de todos os tempos. Obrigada, fico contente que tenha gostado.

  43. SeiSeiPuchaMeu says:

    Ao ler na diagonal esbarrei-me com isto:
    “Meninas que dizem que o homem português é muito jeitoso, por favor, mais noção. O homem tuga, no seio de todos os outros (Suecos, Alemães , Israelitas) é um mero anão de barbas.”
    Nem vale a pena ler o resto.. O que vale é que sempre que fui ao Boom ou outros festivais havia sempre beldades estrangeiras desprovidas deste tipo de diarreia mental que faz as pessoas comerem no prato onde cag*m

  44. Marvo says:

    Amazing uma sensibilade refinada. Exprimes o que muitos la gaguejam. Ahahah.
    Eu ja lá vou desde 1998

  45. Lu says:

    Sabera esta malta toda o que e uma Satira ? Adoro os “shantis” aqui zangados lol

    acho que so perdes por alguns comentarios…nem vale a pena responder honestly

    Esta muito boom o texto ri me do incio ao fim, bem como todos os teus outros textos. Sentido de humor picante Keep it up

  46. Sérgio says:

    Como lamento a infelicidade de não me ter cruzado esses dias no caminho de uma diva em apuros…

  47. Coração de Leão says:

    Estimada Diva!
    Li o teu belíssimo texto com muito prazer. Lamento que a maioria dos comentários se polarizem entre os grunhos os teus seguidores, salvo honrosas excepções. Posto isto, permite-me que dê a minha achega nessa Via do Meio. Sabes, ele há Boomers que cumpriram a escolaridade obrigatória, sem por isso deixarem de disfrutar as suas aventuras lisérgicas. Ele há Boomers que encontram na génese daquele festival uma inquietação, digamos, existenciaĺ, que a crescente afluência de grunhos, divas e bifes esculturais tem vindo a diluir mas não tem conseguido apagar. Infelizmente, a idade, a doença, a paternidade ou a simples falta de pachorra tem dizimado as nossas hedonistas fileiras. E não, não enviamoa nudes, porque como anões de barbas que somos não achamos que haja apresentação fotográfica capaz de antecipar a sensação de cofiar a penugem aburguesada do teu umbigo de forma a arrancar ao teu corpo os espasmos de prazer induzidos pelos cogumelos que a tua amiga só se atreveu a tomar até ao patamar do riso, da mesma forma que não há relato que descreva a atmosfera telepática e rarefeita que se vive numa pista de dança quando nós atrevemoa a tomar LSD para além do limite do socialmente aceite. Alguns grunhos sabem-no mas, sóbrios, falta-lhes vocabulário e discernimento para o descrever. Assim, Diva, fica o convite: abandonar por umas horas que seja a tua mera condição Eulália e penetrar profundamente no desconhecido que sei que intuIs. As nossas falanges cosmonautas estão sequiosas de inteligência, bom humor, acutilância e discernimento – essas qualidades que te sobejam – mas para isso é preciso que saias da zona Diva. Quando te atreveres, lá estaremos para te fazer a visita guiada. Atreves-te? We are One

  48. Malambi says:

    Que excelente descrição ;)) ironia e exagero, francamente é preciso ler muito para escrever tão bem e ter mais de dois dedos de testa para fazer tais comparações !!
    Os comentários são pobres e de horizontes tapados!! Deixa lá talvez em 2018 hajam melhores compreensões!! Sabes bem que não vivemos todos na mesma dimensão espiritual!!

    Obrigada
    Bem hajas

  49. Diogo... says:

    Gostei do texto .
    Gostei mais das frases
    ” ate o Diabo presisa de se borrifar em Idanha-a-nova.
    E
    Meditat com 40 graus dentro. De tendas enquanto se ouvia Trance do Demonio la ao fundo.

  50. Mauro says:

    O que é o Boom?

    1. Zumbo says:

      O que é essa merda afinal?? alguma coisa da moda?

    2. Samuka says:

      O boom é tudo….

  51. Zumbo says:

    O Boom, a partir do momento que virou comercial, é muito bom para divas! Espero que as divas o invadam, afinal quem procura dinheiro encontra biblôs! kakakaka Hajam muitas divas sem nada na cabeça no boom!!

  52. Rodrik says:

    Confesso que naturalmente as tuas crónicas chegam até mim através de facefriends, que o postam, seja por se identificarem com eles, ou pelo engraçados e sarcásticos que são…Lembro-me de há algum tempo ter lido um acerca do Frequency ou do Freedom (não me recordo) e fartei-me de rir, então, quando vi Boom e Divas num post de alguém, fiz a associação e naturalmente tive que investir estes 10 minutinhos de leitura e dar umas valentes risadas, continua a espalhar, magia terror e sarcasmo, i love it <3 Gosto do teu talento para te expressares através das palavras, Respect…Btw, tb lá estive e confesso que subscrevo muitos dos detalhes que mencionas, e é engraçado sentir que existem mais seres por aí que pensam em pormenores que no nosso íntimo por vezes achamos que mais ninguém pensa…

  53. Uma delicia. O brigado pelo post.

  54. Teresa Barrau says:

    Faço minhas as palavras do Rodrick! Li a do Freedom via face….e agora esta do Boom! Demais!!! Fartei-me de rir. Para quem não sabe o que é o Boom, aconselho o artigo do Victor Balenciano no Público. E ele não é suspeito pois bem gosta de trance

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