Diva no Arraial Lisboa Pride.

Sábado foi dia de Gay Pride. Vou todos os anos porque faço questão de acompanhar o meu grupo de amigos, na sua maioria Gay. E claro, porque apoio a causa, o Amor em todos os seus sentidos. Sim, hoje sinto-me very romantic <3

Este ano, como de costume, lá estavam as barraquinhas a representar os bares e discotecas ditos gay friendly, as bandeiras coloridas, os shorts, as purpurinas, as minhas adoradas pestanas falsas e, claro, perucas de cabelo super digno, bem luxuosas. Vai tudo a rigor à festa mais colorida do ano.

Mas adiante…

A música no Arraial é sempre merdosa. Este ano não foi exceção. Recomendo que se façam misturas alcoólicas capazes de levar a coisa a bom porto. Creio que duas sangrias, duas imperiais e um mojito, ajudarão bastante. Comigo funcionou. Pouco depois de lá chegar já estava a dançar no meio das travecas e em torno de um caixote do lixo. Missão difícil mas cumprida. Ainda assim, não acho normal que se faça uma festa destas sem passar um único hit da Madonna, uma Beyoncé… Nada. Nem o La Isla Bonita?! Amigos da organização, mais noção por favor.

Já com uns copitos a mais, esquecida de todos os males do Universo, incluindo a música que estava a ouvir, comecei a olhar para a multidão que me rodeava. Foi aí que me deparei com um ser do sexo masculino de valor. Moreno, alto, barba cerrada e olhar profundo, focava-se na minha direção todo sorridente. Dei por mim a acreditar que estava efetivamente a fazer-me olhinhos. Tinha para lá de 1.85 e estava vestido como um verdadeiro Homem. Naturalmente que, segundos depois, veio um caparrudo, também ele repleto de atributos físicos, espetar-lhe um valente linguadão. Até me doeu a alma. Podiam poupar as pessoas destas coisas… A vida já não anda fácil.

Triste, pensei que não era costume cair em armadilhas deste género. Se há coisa da qual me orgulho bastante, é do meu radar afinado para filtrar situações frustrantes como esta. Mas as cabras das bichas estão cada vez mais machas e enganam as pessoas. Não está certo.

Decidi ali, naquele preciso instante, que enquanto iludirem mulheres dignas como eu, não irei apoiar mais causa nenhuma LGBT. Quais casamentos, adoções ou beijos na boca à fartazana na rua. Acabou-se. Neste mundo cheio de escassez masculina, estas loucas só nos vieram tramar.

Mas vá… depois repensei…
Desta vez estão perdoadas.

Viva o Amor.

Love,
D.

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