Diva acredita que o Albano merece mais.

No outro dia dei por mim a ver uma novela da TVI. Há algum tempo que a televisão para mim se reduz à VH1, e apenas naquele momento matinal quando vou para o banho. Geralmente estão a passar aqueles hits fantásticos tipo o It´s raining man e uma pessoa fica assim logo bem disposta para encarar o dia.

Contudo, naquele período de horário nobre, liguei a dita cuja na 4 e, de repente, colei a toda a narrativa que se verificava na novela Santa Bárbara. Naquele instante estava Albano Jerónimo a representar e, portanto, resolvi perceber o que este querido andava por ali a fazer. O seu trabalho conheço pouco, mas sou fã dele.

Tenho a sensação de que, atrás daqueles belos olhos, voz e dicção (não resisto a um homem que saiba dizer as palavras todas) está um espírito de esquerda, assim para o revolucionário, que tem imensa coisa para partilhar e que não precisa que vamos com ele às compras. Nós sabemos que ele sabe. Não sentem isso? Posso estar redondamente enganada mas é a sensação que tenho. Albano, meu amor, um dia podes confirmar se estou correta, enviando uma mensagem aqui para o Divas em Apuros. 

Mas continuando…

Dei por mim a tentar perceber o papel que desempenhava. Pareceu-me estar a encarnar um beto bonzinho, daqueles que gostam dos empregados e que se apaixonam pela filha do caseiro. (não tenho, de todo, a certeza disto).

Na pequena cena a que assisti, o nosso mais que tudo dizia à criada (prefiro dizer criada pois estas novelas insistem em tê-las sempre fardadas a rigor e a falar à pobre – o que já está spé demodé – mas ok) que preferia tomar o pequeno almoço na cozinha, numa tentativa de aproximação à simplicidade, à humildade do povo que não tem uma mesa todas as manhãs repleta de croissants, brioches e sumo de laranja natural. Mas, nos dias de hoje, alguém ainda tem esta merda?! Não me parece.

Entretanto, ainda nesta mesma cena, a criada dizia que ele era parecidíssimo com o pai. Aquela história do costume, altamente cliché, que nos faz acreditar que há sempre um irmão que herda os genes bons e o que herda os genes maus. Nem percebi se a personagem tinha um irmão mas aposto que sim.

Depois do pequeno almoço, já na cena seguinte, surge um momento romântico em que a suposta “filha do caseiro” (que estou certa que não é nada disto mas há de ser parecido…) pensava no seu/nosso amado enquanto estava sentada à mesa da sua cozinha pobre e, por estar distraída e a romantizar todas as suas lembranças, deixava o leite ferver demais, acabando por permitir que o mesmo derramasse ligeiramente. Entretanto, atrapalhada como se, de repente, tivesse ficado de fio dental na rua, corria para resolver esta situação dramática. Contudo, quando tudo parecia perdido e caótico, foi salva por uma amiga/mãe/tia que lhe disse: “Deixa isso rapariga que eu resolvo!” – Como se estivéssemos a falar de um incêndio em pleno Monsanto.

Também achei de valor o facto desta pequena, uma tal de Benedita na vida real, ter todo um ar de quem nasceu na Quinta da Marinha. Fez todo o sentido para mim.

E foi isto, queridas amigas.

Ainda assim, este pequeno visionamento, que durou cerca de 3 minutos, fez-me alcançar algumas conclusões:

  • TVI, por favor, não coloques o Albano a contracenar com loiras, pois eu tenho o feeling de que ele prefere as morenas.
  • TVI, contenta-te com a Rita Pereira e com aquele que fazia de “Pipo” nos Morangos com Açúcar. Estou certa de que cumprem os requisitos pretendidos pela estação.
  • TVI, não desgraces a vida às pessoas com estes clichés sucessivos.
  • TVI, o Albano não merece isto.
  • TVI, deixa o Albano em paz. De uma vez por todas.

Ele merece mais.

PS: Albano, tens aqui a Diva disponível para um jantar.

Mas pagas tu que isto anda mau.

Love,

D.

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