Diva vai à Bica.

Quem gosta de Lisboa, gosta de Santos Populares. A noite de 12 para 13 é deveras complicada, eu sei, mas os dias anteriores são ligeiramente mais calmos. Eu, para variar, passei pelo arraial da Bica. Tudo porque não consigo resistir ao cantor que por lá atua. É simplesmente maravilhoso. Canta tudo com um certo glamour e improvisa como ninguém. Sempre que o vejo faço os meus melhores olhinhos.

O pior da Bica é mesmo a betalhada juvenil. Parece que o Lux teve um filho com o Urban e depois, não contente, pediu ao Main que o criasse. Foi assim que nasceram os Santos na mítica rua do elevador. Betinhas de calçonete curto e betinhos de camisa arregaçada, fazem as delícias do Tinder naquele dia. Está tudo a centímetros de distância. E a passar os olhos pela multidão, a pente fino, para verem se encontram um piolho que pouse no seu leito.

Já sem sede, e depois de duas capirinhas, eu mesma esbarrei contra o Mundo. O Mundo que só dá um beijinho mas que, aparentemente, sabe as letras dos Santa Maria de cor… Enfim. Gente gira e normal, por ali, estava escasso. Mas como o meu grupo era animado, mantivemo-nos pela zona.

Às tantas, começo a sentir toda uma multidão vinda do gueto para saquear os marialvas. Meti logo a mão à bolsa, não fossem eles querer o meu iPhone 4 obsoleto que, apesar de lento e desfocado, faz as minhas maravilhas. Começo a ver o grupo, com ar de má fila, a aproximar-se daquelas betas horrorosas que, de tão bêbadas, já perderam o par da Paez e já mandam perdigotos para tudo quanto é cara. Era o fim da picada. Tínhamos que desopilar.

Fomos parar ao Cais mas, depois de descer aquela rua, parecia que tinha saído de uma luta de Sumo. Já não tinha muito mais para dar e acabei por vir para a minha casa de bonecas.

A melhor parte foi quando um rapaz passou por mim e me disse que adorava o Divas em Apuros. Tozé, estás no meu coração.

Por isso já valeu a pena. 🙂

Amanhã há mais.

Love

D.

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