Ontem tive o prazer de assistir ao Passadeira Vermelha na Sic Caras, programa que me inspirou a escrever este texto.
Naturalmente que foram 30 minutos em que não aprendi absolutamente nada. A natureza dos assuntos que se discutem neste espaço televisivo refere-se à vida das figuras públicas e, além de não fazer ideia de quem são algumas delas, muito menos entendo o que papel desempenham na vida pública portuguesa. Mas a verdade é que vi o programa até ao fim. E sabem porquê?
Pelo Cláudio Ramos.
Essa figura que imensa gente diz odiar.
Apelidam-no de bicha irritante, presunçoso, entre outros nomes simpáticos que já ouvi sobre a sua pessoa. Mas eu, minhas queridas, acho-lhe imensa graça. Pronto. E foi por isso que vi, e ouvi, aquela conversa da treta até ao fim. Apenas para prestar atenção às intervenções do Cláudio.
Ele é um mundo repleto de coisas cómicas e, claramente, uma Diva das nossas. Explico-vos porquê:
. Cláudio Ramos não fala inglês. Sempre que necessário no programa, fala um dialeto que é muito próprio que realmente soa a inglês. E fá-lo de forma assumida. É mesmo bom ouvi-lo e ver como goza consigo próprio.
. Cláudio Ramos gosta de uns lives performativos no meio do programa. Percebi ontem que ele salta da sua cadeira de comentador sempre que lhe apetece fazer uma atuação para captar a atenção do telespectador. Podemos dele esperar uma dança, um rastejar sexy, um piscar de olho súbtil.
. Cláudio Ramos envia SMS durante a emissão e, quando o chamam a atenção (e continuamos em televisão, claro) diz que está a trabalhar. Nós percebemos, Cláudio, acredita.
. Cláudio Ramos tem mais graça do que qualquer uma das pessoas que apresenta consigo, e eu acho sinceramente que ele veio quebrar alguns dos sérios tabus em televisão. E fá-lo de forma natural e espontânea.
Por muito que ouça cobras e lagartos dele, eu assumo aqui que gosto desta Diva.
Podia ser claramente uma das minhas.
Love,
D.